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Muito se fala no poder da Empatia, mas o que é mesmo essa habilidade emocional? Como educar nossas crianças para serem empáticas? Muitas perguntas e respostas variadas. Então, vamos por partes.
Primeiro, vamos entender a origem e significado da palavra Empatia, que vem do grego “em+phatos” – entrar nos sentimentos dos outros. Assim, ser empático significa compreender o outro, suas emoções, pensamentos e atitudes. E isso não é fácil. Exige um certo treino. Porque ,além da Empatia possibilitar a percepção do outro, possibilita também aceitação desse outro.
A Empatia é considerada uma das habilidades mais importantes da inteligência emocional, porque proporciona a interação mental e afetiva com as outras pessoas, promovendo com isso, afetos positivos como o respeito, acolhimento e cooperação.
Essa compreensão nos leva à consciência da urgência de educarmos nossas crianças para o desenvolvimento e uso dessa habilidade, que pode ser o ponto chave na prevenção do bullying e outros tipos de atos cruéis.
Os pais devem educar e cultivar a Empatia em suas crianças desde pequenas, para que elas se tornem pessoas generosas e construam um mundo melhor. E respondendo à pergunta inicial, vamos oferecer algumas dicas baseadas em estudos da Neurociência, que comprovou que a Empatia começa no cérebro com os neurônios-espelhos, por isso, pode ser ensinada.
1. Os pais são os primeiros exemplos de Empatia.
Os filhos aprendem a serem empáticos observando o comportamento dos pais com os outros e com eles mesmos. Os pais passam noção de Empatia para seus filhos ao reconhecerem suas dores, não as minimizar, mas respeitando o sofrimento deles, seja físico ou emocional.
2. Estabeleça na família a cultura da generosidade e do comportamento ético.
Muitos pais dizem que desejam que seus filhos sejam generosos, no entanto, não é essa a mensagem que as crianças percebem no dia a dia. Ou seja, não adianta dizer para filhos serem bons, se eles não têm exemplos claros sobre isso. Por isso, os pais devem mostrar com atitudes o que é ter compaixão, levando os filhos para fazerem ações sociais voluntárias, vez por outra, por exemplo.
3. Falar e mostrar os sentimentos.
É importante os pais mostrarem, vez ou outra, que os interesses dos outros são tão importantes quanto os interesses pessoais das crianças, falando sobre seus sentimentos e fragilidades, como por exemplo: “hoje não vamos sair, porque o papai e a mamãe precisam descansar”.
4. Criar oportunidades para os filhos praticarem a empatia.
As crianças já nascem com uma tendência natural para a Empatia, mas se não forem ensinadas, podem perder essa capacidade. Ensinar Empatia não é diferente de ensinar um esporte, é preciso treino e prática. Existem maneiras das crianças treinarem essa habilidade, como por exemplo: conversar sobre temas éticos como o preconceito (o amiguinho preto é igual ao outro amigo loiro? Por quê?), encorajá-las a se colocarem no lugar dos outros em situações de conflitos (como o seu amigo se sentiu quando você falou isso para ele?).
5. Gestão das emoções e sentimentos.
Muitas crianças não agem com empatia, porque não sabem lidar com seus sentimentos e assim, capacidade de se importar com os outros fica emaranhada por sentimentos negativos como a raiva, a culpa, a vergonha e o ciúme. Ao ajudar os filhos a entender e a regular essas emoções, os pais possibilitam que eles se livrem de crenças e ideias estereotipadas, ensinando-os a se comportarem com empatia e afeto.
Assim, se os pais querem educar seus filhos para se tornarem pessoas que valorizem os outros e ajam com compaixão, é importante que eles os ensinem a se importarem com o bem-estar dos outros, mostrando que isso é tão importante quanto a nossa própria felicidade. A Empatia representa a essência do que significa ser humano.