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O amor, como disse Humberto Maturana (1997), filósofo e biólogo chileno, é o único sentimento revolucionário capaz de manter acesa a chama da vontade de mudarmos o mundo, e construirmos melhores situações sociais, onde a violência de todas as ordens, físicas, psíquicas e sociais sejam, se não abolidas, no mínimo melhoradas.
Essa é a proposta da Pedagogia Sistémica, que se baseia na ideia de inclusão e relações entre os sistemas familiares, educativos e institucionais, de acordo com as ideias do filosofo e terapeuta alemão Bert Hellinger, criador das Constelações Familiares, uma técnica terapêutica também conhecida como Terapia Sistêmica Fenomenológica, que visa olhar o indivíduo no seu contexto familiar levando em conta as relações e emaranhamentos (conflitos) do seu sistema de origem, de forma transgeracional, através dos chamados vínculos de amor e lealdade.
A História da Pedagogia Sistêmica é recente. Nasceu no início dos anos 2000, quando diversos professores e pedagogos se reuniram para estudar as ideias de Bert Hellinger como método para a área educacional. Mas foi quando Mariane Franke-Gricksh, pedagoga alemã, publicou o livro “Você é um de nós” (2005), que essa abordagem se difundiu, principalmente, no México e Espanha.
A introdução da Pedagogia Sistémica no contexto educativo começa na observação e integração dos princípios das “ordens do amor”, que servirão de apoio para as ações pedagógicas na escolar.
Usar as Ordens do Amor na escola significa então, a compreensão de que todos os membros de um sistema estão vinculados uns aos outros, e se um desses membros entra em desarmonia (sintomas físicos, emocionais, mentais, sociais), todo o sistema se desarmoniza. Imagine então, por exemplo, a problemática do bullying na escola. Situações como essa, dão a informação de que o sistema tem uma questão a ser resolvida, e que o bem-estar individual deve voltar para que o coletivo fique em paz.
(Do livro Educação Transcomportamental – Gestão das Emoções para Comportamentos Inteligentes, Isa Magalhães – Ludis Editora, 2018)