Uma importante resolução foi publicada pelo Conselho Estadual de Educação (CEE) do Ceará, visando a assegurar o cumprimento da aprendizagem e desenvolvimento previstos pela BNCC, para alunos e professores em 2021.

É redundante falarmos da pandemia e suas crises, tanto na saúde física quanto mental de todos nós. Sensível a isso, o Conselho Estadual de Educação tomou a iniciativa de documentar importantes indicações de como as escolas devem proceder para reiniciar as suas atividades presenciais e dentre elas estão as ações de acolhimento e avaliação socioemocional de seus alunos.

Essa é uma das ações mais importantes, pois sabemos que o estresse pós-traumático causa uma série de sintomas e que dificultarão o processo de aprendizagem e comportamentos dos alunos. Sintomas vindos das emoções do medo, da tristeza, da raiva que causam adoecimentos diversos.

Mas para essas ações acontecerem, é preciso que os professores interajam pedagogicamente visando a um planejamento sistêmico, onde além dos alunos, também sejam acolhidas as famílias; muitas vivenciando o luto pela perda de entes queridos.

O Conselho Estadual de Educação indica ainda, que a escola reserve o primeiro trimestre de 2021 para essas ações de acolhimento, começando com a aplicação de diagnóstico, avaliação socioemocional e cognitiva dos alunos.

Por isso, é preciso preparar o corpo pedagógico da escola para o desenvolvimento de programas que se adaptem a realidade de local. Essa resolução, segundo o CEE é imprescindível e nas palavras do próprio documento “não cabe à escola escolher fazer ou não; isso é obrigatório para minimizar as perdas, e todas as escolas deverão cumprir as ações pedagógicas descritas“.

Sabemos que qualquer que seja a alternativa adotada pelas redes escolares, o cumprimento de um Projeto Pedagógico de Educação Socioemocional não é algo fácil, pois além de começar com ações de promoção dentro da escola visando ao acolhimento de todo o público envolvido, como já escrito acima, é preciso a aplicação de diagnósticos para avaliar as condições socioemocionais dos alunos e assim, desenvolver as ações necessárias para o apoio nesse momento traumático que o nosso mundo passa.

Esse processo deve ser acompanhado por profissionais que conheçam os métodos pedagógicos da educação socioemocional, que não é terapia e sim, educação. E repetimos que quem primeiro deve ser preparado para essas ações são os coordenadores e professores.

Nós da Ludis, nos colocamos à disposição para ajudar as escolas nesse importante momento. Juntos somos mais fortes!

Isa Magalhães